Qualquer tipo de humilhação no trabalho pode ser assédio moral.
Bancários são os que mais sofrem com o problema.
Mais de 3,6 mil casos de assédio moral foram registrados em todo Brasil
no ano passado. Qualquer tipo de humilhação dentro do ambiente de
trabalho pode ser caracterizado como assédio moral.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, os bancários são os que mais
sofrem: de cada três ações por assédio moral, uma vem dessa categoria.
Um bancário, que não quer se identificar, diz que cada vez que atingia
uma meta de venda de seguros ou de previdência, a meta crescia. Quando
ele não conseguia cumprir a nova exigência, recebia um prêmio
humilhante: “O nome do troféu era pinico. Horrível. A sensação era a
pior possível”.
As denúncias por assédio moral cresceram 7%. As principais vítimas são
mulheres, principalmente as grávidas e mães solteiras, pessoas mais
velhas, obesas e negros.
De acordo com o Ministério Público, os motivos que levam a essa relação
de conflito são necessidade de aumentar a produtividade, competição
exagerada, metas difíceis de alcançar e tentativa de forçar um pedido de
demissão.
Com um clima ruim, o rendimento do funcionário na empresa cai, ele
passa a ter dificuldade de concentração e se sente inútil. Segundo o
Ministério Público do Trabalho, esses casos também costumam afetar a
saúde. Há relatos de pessoas que começaram a sofrer de insônia,
depressão, que perderam o apetite ou ganharam peso.
Foi o que aconteceu com o bancário ouvido pelo Jornal Hoje, que foi
rebaixado de função: “Eu engordei 30 quilos e hoje sofro de síndrome do
pânico. Passo noites em claro, com falta de ar”, relata.
O advogado trabalhista, Carlos Vinicius Amorim, explica que é difícil
separar o assédio moral da política da empresa e que o funcionário
precisa tomar cuidado para não confundir uma exigência com um caso de
perseguição pessoal: “A cobrança para atingir metas pelo funcionário é
inerente ao empregador. Isso faz parte do cenário atual da economia
competitiva global”.
Porém, o trabalhador que realmente for vítima de assédio deve buscar
ajuda. "Pode procurar o RH da empresa, desde que ela observe que ali as
pessoas tenham independência, autonomia e podem resolucionar o problema.
Se não for o caso, o melhor é buscar um auxílio fora, que pode ser pelo
sindicato, do Ministério do Trabalho ou associações de vítimas de
assédio moral", explica Adriane Reis de Araújo, Procuradora Regional do
Trabalho.
Existem vários tipos de assédio moral e muitas maneiras de ser
incomodado com esse problema. É considerado assédio moral tudo que
exponha uma pessoa ao ridículo: contar uma piada que humilha alguém,
colocar apelido que ofende, xingar e gritar são exemplos.
Até o chefe que controla o tempo que o funcionário leva para ir ao
banheiro, se isso acontecer de uma forma muito rigorosa, também pode ser
entendido como assédio.
O mais comum no ambiente de trabalho é que o assédio moral aconteça de forma dissimulada, como nos exemplos a seguir:
- Dar tarefas impossíveis e metas muito altas;
- Passar trabalho que o funcionário não sabe fazer;
- Isolar a pessoa;
- Escondendo informações importantes, que poderiam ajudar no crescimento profissional;
- Sobrecarregar o funcionário;
- Não delegar tarefas.
- Dar tarefas impossíveis e metas muito altas;
- Passar trabalho que o funcionário não sabe fazer;
- Isolar a pessoa;
- Escondendo informações importantes, que poderiam ajudar no crescimento profissional;
- Sobrecarregar o funcionário;
- Não delegar tarefas.
Fonte: G1
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