Didier Lombard, antigo CEO da maior operadora francesa, está a ser investigado por “assédio moral”, num caso que envolve o suicídio de mais de 30 colaboradores da empresa entre 2008 e 2009.
"Lombard está a ser processado judicialmente, e pagou uma fiança de cem mil euros", revelou ontem (05/07) o seu advogado à saída do tribunal onde o executivo prestou declarações preliminares. Para além de Lombard, o antigo ‘número dois' da empresa, Louis-Pierra Wenès, foi também convocado para se explicar no fim-de-semana sobre a questão dos suicídios.
Em sua defesa, Lombard fez publicar no jornal ‘Le Monde' um artigo onde escreve que "em nenhum momento, os planos concebidos e levados a cabo pela France Télécom foram dirigidos contra os seus colaboradores".
Pelo contrário, eram destinados a salvar a empresa e os empregos que gera, bem como a abrir aos seus funcionários novas vias num mundo digital. Lombard, que foi obrigado a demitir-se da liderança da operadora em Março de 2010 devido ao grande número de mortes de trabalhadores, é acusado pelos sindicatos de ter tentado forçar a conversão dos trabalhadores da telefonia fixa para empregos ligados à Internet, o que causou uma quebra psicológica num grande número de trabalhadores.
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